Antes da tempestade...

Antes da tempestade...

domingo, 20 de novembro de 2011

CUBATÃO DANADO DE BOM 2011 - Entrevista com a Prefeita Márcia Rosa


(Com Jordana Lima Duarte)       


EU CONVERSEI COM O SECRETÁRIO DE CULTURA, WELINGTON BORGES – E ELE ME DISSE QUE A CULPA DO DANADO DE BOM É TODA SUA...
Háháhá!!... A culpa é minha, é?

PERTGUNTEI: DE QUEM É A CULPA? – ELE DISSE: “DA PREFEITA!” NA VERDADE, ELE DISSE QUE, QUANDO ASSUMIU A SECRETARIA, JÁ PEGOU O BONDE ANDANDO – QUE O PROJETO “DANADO DE BOM” É IDEÍA SUA E DO FERNANDO (SECRETÁRIO DE COMUNICAÇÃO).
Era um sonho produzir um festival cultural de grandes proporções que extrapolasse os limites de Cubatão. Mas uma das pessoas mais empolgadas – responsável, inclusive, pelo formato – foi, de fato, o Fernando. Nós queríamos uma festa que marcasse a cidade, uma coisa que ninguém, nunca mais, tirasse de nós. E o evento leva o nome da cidade prá fora e a apresenta como uma nova cidade, onde podemos mostrar o quanto somos acolhedores. Não tivemos nenhum incidente, sequer uma latinha atirada à cabeça de ninguém. Foi uma coisa pensada com todas as Secretarias. Há a preocupação com o meio ambiente – aliás, já estamos recolhendo óleo e este óleo já está sendo reciclado. As garrafas “pet” serão todas aproveitadas para o Natal, como foi no ano passado – em que nós decoramos a cidade com materiais recicláveis. Esse ano vai ficar ainda mais bonito, porque a gente já começou a fazer. Então o evento também foi pensado do ponto de vista da segurança ambiental, da segurança pública – foram muitas cabeças pensando. Esse ano tivemos o Festival Gastronômico – você vê os restaurantes da cidade disputando, porque mais do que ganhar foi a disputa. Uma senhora até comentou que os comerciantes descobriram que não são concorrentes, mas que se ajudam, cooperam entre si. Apareceram pratos que eram feitos na cidade de Cubatão conhecidos em Santos - e muitos já estão no cardápio, como o “Danadinho de Bom”, o “Escondidinho de Bom”, o “Mocotozinho Danado de Bom” (ela ri).

O SECRETÁRIO WELINGTON BORGES FALOU A RESPEITO DO PLANO DE RESGATE CULTURAL...
Prá você reapresentar essa cidade prá fora é preciso que o seu próprio povo tenha orgulho dela. Então as pessoas participaram. Não sei se você viu, na entrada há várias casinhas com artesanato – as crianças participaram, desenvolveram vários projetos. E uma coisa interessante é que era prá exposição e as pessoas entravam e queriam comprar, mas nada estava à venda, era só exposição. Então já saiu desse evento uma discussão com o Welington e o Fábio (Educação) de que, para a próxima edição, nossos alunos já preparem seus trabalhos com antecedência prá vender – prá eles saberem que seus produtos são produtos que o mercado quer. E isto aconteceu numa das casinhas que estavam com material da Fábrica da Comunidade – em que tudo foi feito prá vender e vendeu. Tudo. Esse evento acabou sendo uma oficina prá repensar o próximo. Foi tudo muito apreciado, olhado – as pessoas tiraram muitas fotos. Daqui saiu um pouco de tudo – um pouco da nossa história, da nossa cultura, da participação de uma cidade inteira. O Cubatão Danado de Bom é mais do que um evento do “governo”, é um evento da cidade, que se apropriou dele – até os idosos se apresentaram!

VOCÊ ESTÁ FELIZ, SATISFEITA – OU JÁ ESTÁ PENSANDO EM MAIS COISAS PARA O DANADO DE BOM 2012?
A gente fica mesmo pensando no que vamos agregar ao próximo – muitas coisas já se discutiu aqui, mas foi além do que nós esperávamos. Porque você ouvir das pessoas que vieram com suas famílias “Olha, eu tenho orgulho disso”... é muito bom – finalizar um evento com alegria, festividade e encantamento, não é em qualquer lugar que se faz. Cubatão dá exemplo a São Paulo, a toda região e ao Brasil inteiro – de como se faz um grande evento. Eu estava olhando esse kartódromo – tem que ser esse, o espaço. O local tem que ser aprimorado prá ser uma arena de eventos públicos cada vez melhor.

VOCÊ ESTÁ PREPARADA PRÁ SER LEMBRADA COMO A PREFEITA CUJA PREOCUPAÇÃO FOI  REVELAR A AUTO-ESTIMA CUBATENSE?
O cubatense sempre teve uma dificuldade com relação à sua identidade – e quando você não tem esse sentimento de pertencimento, às vezes passa na rua e joga uma latinha no chão, joga lixo na calçada, pequenas coisas que revelam que você não se sente dalí. Mas olha esse kartódromo – final de show, você vê como está limpo? Isso é cuidado, está embutido na auto-estima. Esse sentimento de pertencimento traz o sentimento de cuidado com a sua cidade, seu lugar. É a árvore, o jardim, o equipamento público que se coloca na cidade – é essa a cultura que está mudando, é uma revolução que transforma culturalmente o ser na sua essência. Acho muito legal isso e estou muito feliz com nosso povo, com nossa cidade, com as pessoas – de poder fazer parte de tudo isso.

                                                            

2 comentários: