Antes da tempestade...

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sexta-feira, 17 de junho de 2011

"É uma Casa portuguesa, com certeza."

(Por Marisol de Andrade)



O trecho da canção conhecida na voz de Amália Rodrigues pode ser útil para citar Cubatão, onde muitos portugueses contribuíram para o desenvolvimento da Cidade e, assim, escreveram a história. Na sexta-feira passada, dia 10, foi celebrado o Dia de Portugal, na praça de mesmo nome. Nessa data, os Dias das Comunidades Portuguesas e de Camões também são comemorados. E nada melhor do que festejar com tradicionais músicas, comidas típicas e a alegria lusitana. No Largo de Aveiro, expectadores se reuniram para assistir às apresentações do Coral Raízes da Serra, além de prestigiar a cantora santista Marly Gonçalves. Filha de portugueses, ela animou a platéia com um bom fado, um estilo tradicional de música do país, e finalizou o momento com a conhecida canção que dá título à matéria, “Uma casa portuguesa”.
“Sem dúvida onde houver um cidadão português, ali também estará Portugal e aqui em Cubatão temos uma comunidade portuguesa muito forte”, elogiou o assessor José Augusto do Rosário, do Consulado Honorário de Portugal em Santos. “A preservação da cultura portuguesa se inicia em casa, com os pais mostrando aos filhos, o que é muito importante. Além disso, os jovens que vão procurar a dupla nacionalidade, a fim de conseguir oportunidades de trabalho em Portugal, têm que estar conscientes do respeito e do orgulho de tudo os que portugueses deixaram no Brasil e na região”, ressaltou.
Segundo o presidente da Associação Luso-Brasileira de Cubatão (Alubrac), Henrique Marcelo Ferreira de Souza, a cidade abriga hoje cerca 30 mil portugueses, conforme um levantamento feito pela Alubrac. “É uma das maiores comunidades portuguesas da região. Muitos vão morar em outras cidades, como Santos, mas há descendentes que permanecem aqui”, declarou. Conforme explicou, há associados que dedicam seu tempo pesquisando origens das famílias portuguesas na Cidade, principalmente para os que querem ter a dupla nacionalidade e precisam comprovar sua ascendência. Bisneto de Miquelina Domingues, portuguesa que foi dona de uma pensão em Cubatão, Henrique adiantou que no ano que vem a associação pretende inaugurar a sua sede. Atualmente, os membros se reúnem na casa de Armando Campinas, primeiro presidente da Alubrac, criada há cinco anos.
Mais comemorações – após o evento na Praça Portugal, convidados saborearam quitutes típicos da terra de Camões. No sábado, a Alubrac realizou o Jantar Dançante com músicas, danças, comidas típicas, como bacalhau, e vinho português.


                                                                                                    (fotos: Jordana Lima Duarte)

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