Antes da tempestade...

Antes da tempestade...

quinta-feira, 30 de junho de 2011

COLUNA SOCIAL - 01.07.2011

"Se você não sabe para qual porto está navegando, nenhum vento é favorável." (Sêneca)

Os últimos dias foram mais que agitados em Cubatão - tivemos a etapa municipal do Mapa Cultural Paulista, com exibições de talentos em diversas áreas como dança, cinema, teatro e artes visuais. A Cia de Dança, atores do Teatro do Kaos, artistas consagrados e outros que se revelam na cidade nos deliciaram com seu talento e criatividade. A rodada se completou com dias de poesia na Biblioteca Municipal. Para quem gosta de agito popular, a balada da Rua XIII, mesmo nas noites geladas, continua fervendo - e o Kartódromo Municipal lotou com o Arraial Pé da Serra, onde se pôde escolher entre assistir aos shows de cantores conhecidos do povo ou comer iguarias nordestinas nos barracões. Prá onde ir nos fins de semana desse inverno? Adivinhem...

 
CIRCUITO:

** A 14ª Conferência Municipal de Saúde tem início em 1º de Julho, no Bloco Cultural, a partir de 18 horas  com palestra sobre Controle Social no SUS, grupos temáticos, entrega de propostas e programação cultural. As atividades se estendem também ao sábado, a partir das 8 da manhã.

**E o CAMP de Cubatão, através de sua diretoria, formandos do Programa "Aprendiz de Olho no Futuro" e familiares convida a todos para a solenidade de Formatura da 80ª Turma de Aprendizes desta entidade. Dia 2, às 9 horas, na sede, à rua José Vicente, 440 - Sítio do Cafezal.

** O Teatro do Kaos apresenta, neste sábado, às 20 horas, a peça "Terra nos Olhos", de Carlos Meceni e Murilo Cesar. Lourimar Vieira no elenco e entrada franca - não vale perder.

** Continua o Festival de Inverno "Arraial Pé da Serra", no Kartódromo Municipal, de sexta a domingo, até o final de Julho. Artistas consagrados, muita comida e diversão.

sexta-feira, 17 de junho de 2011

RETRATO: "Pedro do Pão de Queijo"

(Por Jordana Lima Duarte)
Seu nome é Pedro Raimundo de Souza e é natural do Rio de Janeiro. Chegou a São Paulo aos 15 anos. Querido como poucos na cidade, “Pedro do pão de queijo” chega à redação sorrindo, como sempre.
POVO – Mas você veio até São Paulo sozinho?
PEDRO – Sim, sozinho – eu tinha aquela vontade de trabalhar e as chances melhores estavam em São Paulo. Então o jeito foi deixar meu pai e minha mãe.
POVO – Como eles reagiram a isso, considerando tua pouca idade?
PEDRO – Eles não acharam nada bom – só que eu nunca fui de fazer coisas erradas. Sempre trabalhei, estudei. Então quando vim prá cá, estava estudando também e fui ficando por São Paulo. Fui ajudante de pedreiro, trabalhei no almoxarifado da Lobrás que era a ‘Lojas Brasileiras’. Trabalhei na Eletroradiobrás também e fui indo. Casei com 23 anos no dia 3 de março de 1973, com Juraci. Vivemos 9 anos e em 1982 nos divorciamos, mas antes disso, em 1979, eu fui pro Iraque. Saí da Eletroradiobrás, fui pro Carrefour, que só tinha 3 unidades – a de Campinas, Vila Guilherme e Santo Amaro, eu trabalhei nas três. Então fui pro Iraque e tive que deixar minha mulher aqui. O Iraque estava em guerra e eu não queria ir, estava procurando emprego no Brasil. Fui trabalhar na Mendes Junior. Cheguei às 6 horas da manhã na empresa. Pegaram minha carteira profissional, levaram lá prá cima e eu fiquei quieto,esperei 12 horas. Então me chamaram, perguntaram se eu era casado, se tinha filhos. Já tinha 3 meninos – Tarcíso, Marco Aurélio e Peterson. Disseram que obra, no Brasil, não tinha. Tinha no Iraque, se eu queria ir... Eu disse ‘Quero’. Disseram logo que no Iraque não tem mulher – porque sabe como brasileiro é, né? E lembraram que o país estava em guerra e eu teria que ficar restrito ao acampamento – mas o salário era bom.
POVO – Mas você ia prá fazer o quê?
PEDRO – Eu era técnico em açougue e ia mexer na seção de carnes. Mas disseram que eu teria que ir prá casa, consultar minha família e não precisava dar a resposta no mesmo dia. Eu disse que ia e pronto, estava resolvido. Então fui encaminhado prá fazer estágio em Belo Horizonte – a gente ganhava, naquela época, 186 mil cruzeiros, só no estágio. Era um salário que um doutor não ganhava. Eram 9 meses de contrato, na época. Aliás, era um tempo muito difícil. Poucas pessoas tinham TV colorida, vídeo-game, as coisas todas. Só que com um trabalho desses, podia dar tudo isso aos meus filhos. Nós tínhamos uma casa, depois compramos um apartamento. Em 1982 eu voltei prá me separar e doeu muito por causa dos meus filhos. E fiquei lá até 1985.
POVO – Havia outros brasileiros por lá?
PEDRO – Eram 7 mil brasileiros. Além de nós, havia egípcios, portugueses, turcos, chineses. E tive que aprender inglês forçado – porque também estive na Dinamarca, Itália, Portugal... No Iraque eu andei naquele desertão todo, vi a torre de Babel – que é só um montinho. Vi tanta coisa. Vi o que sobrou da Babilônia, muito bonito aquilo. Vi o rio Eufrates, o Jardim do Éden – ele existe, viu? Só que lá tem outro nome – Jardim Erbilh. Andamos pelas regiões onde a guerra era mais intensa. No Iraque tratam brasileiros muito bem – e  gostam do Pelé e do Roberto Carlos.
POVO – Quando você voltou de vez, já estava casado de novo?
PEDRO – Sim, e fiquei por Belo Horizonte mesmo, montamos um mercadinho e quebramos – foi no governo do Collor. Depois fui trabalhar na Aço-Minas, em Ouro Branco, quebrou todo mundo também por causa do Collor. Daí você imagina – eu comer areia no deserto, passar frio no deserto aqueles anos todos, prá chegar aqui e jogar tudo fora...
POVO – Você teve filhos do segundo casamento?
PEDRO – Tive uma moça, tem 26 anos, que me deu uma netinha. Chama-se Geysla Gabriela, nasceu em Sergipe – porque eu também trabalhei lá. Sergipe, Alagoas, trabalhei em Manaus... Estive na linha imaginária do Equador, em Roraima, estive nas Guianas... tudo pela Mendes Junior. Foi antes da Aço-Minas. Daí fui prá Ipatinga, que era área da Usiminas, que me mandou prá Cubatão. Sempre trabalhando com açougue. Isso foi em 2002.
POVO – E você hoje está casado pela terceira vez...
PEDRO - Jane Darc é uma pessoa excepcional, mãe de minhas duas filhas e estamos juntos faz 21 anos. Ela tem 37 anos e eu 60... E fazemos aniversário quase na mesma data – ela no dia 4 de novembro e eu no dia 5. Quando eu me casei pela primeira vez, ela estava nascendo! (Ele mesmo se espanta e ri).
POVO – E quando houve esse acidente que encerrou teu trabalho com a central de carnes?
PEDRO – Fui chamado a voltar para Belo Horizonte e, enquanto aguardava o processo todo prá minha ida, não quis ficar parado e entrei numa cozinha chamada Pontual, que foi onde perdi minha mão.
POVO – E que idade você tinha quando isso aconteceu?
PEDRO – 55 prá 56 anos... E eu nem desmaiei – prá dizer a verdade, não senti nada – foi o machucado que menos dor me causou na vida, o meu cérebro me anestesiou, só lembro de pensar “minhas filhinhas”, só falei isso, mais nada. Agarrei na máquina e fui consciente até o Hospital Modelo – onde, aliás, fui muito bem tratado. Se quer saber, eu nem tenho trauma. Eu me sentia é envergonhado... Quando eu tinha que ir ao hospital fazer curativo, passava por trás do Anilinas prá não ser visto por ninguém conhecido. Eu não ia a festas – como é que eu ia pegar um copo de refrigerante ou comer? Até que um dia eu vi um senhor na rua – que não tinha uma perna, todo sujo, aí pensei “eu estou bem”. Daí recomecei. Hoje eu entrego pão-de-queijo. Enfio a cesta no meu bracinho e saio por aí vendendo o pão-de-queijo feito pela minha mulher.
POVO – Você nunca usou uma prótese?
PEDRO – Eu tenho uma mão mecânica. Dá prá fazer muita coisa com ela, mas pegar copos de plástico é uma tragédia – e dirigir, então??
POVO – Você dirige??
PEDRO – Claro!! Eu e minha esposa inclusive estivemos no Vale do Jequitinhonha – Pedra Azul. Mais de mil quilômetros prá ir, outros tantos prá voltar – e fui dirigindo, fui e vim.
POVO – E depois de tantas idas e viagens, por que decidiu ficar em Cubatão?
PEDRO – Em Cubatão todo mundo me conhece: de criança a grandão, todos mexem, conversam comigo. Não tem esse nem aquele – eu entro nessas lojas todinhas da cidade, tenho muitos amigos. Aqui eu me sinto bem. Imagina os meninos do CAMP – todos me conhecem: “olha o tio do pão-de-queijo!”, sou muito bem tratado, e agora? Você entendeu? E uma coisa: as pessoas, por eu conhecer muita gente, levam vários currículos prá mim – então eu saio e pergunto, levo, de vez em quando arrumo trabalho prá alguém e fico tão feliz com isso...
POVO – Você, apesar das dificuldades, transmite alegria, saúde – é amigo de todos. Parece ter vindo ao mundo só prá fazer as pessoas felizes – tem essa consciência?
PEDRO – Menina, pense uma coisa: é muito mais fácil ser feliz do que ser infeliz. Porque prá ser infeliz você vai ter que fazer força e chorar – e eu trato sempre todas as pessoas com muito respeito – é o faxineiro, é a mãe da Prefeita, não tem diferença. Se você quer saber, as minhas duas ex-esposas gostam de mim e não guardam bronca. Até minha ex-sogra gosta de mim!!
Encerramos porque a hora vai adiantada – ele me dá o braço sem a mão e diz “que ele é gelado mesmo, mas é bom para a circulação”, brinca e rimos. Eu o abraço, agradecida e emocionada.
"Se precisarem de mim, estou aí" - e sai, sorrindo feito um menino.



"É uma Casa portuguesa, com certeza."

(Por Marisol de Andrade)



O trecho da canção conhecida na voz de Amália Rodrigues pode ser útil para citar Cubatão, onde muitos portugueses contribuíram para o desenvolvimento da Cidade e, assim, escreveram a história. Na sexta-feira passada, dia 10, foi celebrado o Dia de Portugal, na praça de mesmo nome. Nessa data, os Dias das Comunidades Portuguesas e de Camões também são comemorados. E nada melhor do que festejar com tradicionais músicas, comidas típicas e a alegria lusitana. No Largo de Aveiro, expectadores se reuniram para assistir às apresentações do Coral Raízes da Serra, além de prestigiar a cantora santista Marly Gonçalves. Filha de portugueses, ela animou a platéia com um bom fado, um estilo tradicional de música do país, e finalizou o momento com a conhecida canção que dá título à matéria, “Uma casa portuguesa”.
“Sem dúvida onde houver um cidadão português, ali também estará Portugal e aqui em Cubatão temos uma comunidade portuguesa muito forte”, elogiou o assessor José Augusto do Rosário, do Consulado Honorário de Portugal em Santos. “A preservação da cultura portuguesa se inicia em casa, com os pais mostrando aos filhos, o que é muito importante. Além disso, os jovens que vão procurar a dupla nacionalidade, a fim de conseguir oportunidades de trabalho em Portugal, têm que estar conscientes do respeito e do orgulho de tudo os que portugueses deixaram no Brasil e na região”, ressaltou.
Segundo o presidente da Associação Luso-Brasileira de Cubatão (Alubrac), Henrique Marcelo Ferreira de Souza, a cidade abriga hoje cerca 30 mil portugueses, conforme um levantamento feito pela Alubrac. “É uma das maiores comunidades portuguesas da região. Muitos vão morar em outras cidades, como Santos, mas há descendentes que permanecem aqui”, declarou. Conforme explicou, há associados que dedicam seu tempo pesquisando origens das famílias portuguesas na Cidade, principalmente para os que querem ter a dupla nacionalidade e precisam comprovar sua ascendência. Bisneto de Miquelina Domingues, portuguesa que foi dona de uma pensão em Cubatão, Henrique adiantou que no ano que vem a associação pretende inaugurar a sua sede. Atualmente, os membros se reúnem na casa de Armando Campinas, primeiro presidente da Alubrac, criada há cinco anos.
Mais comemorações – após o evento na Praça Portugal, convidados saborearam quitutes típicos da terra de Camões. No sábado, a Alubrac realizou o Jantar Dançante com músicas, danças, comidas típicas, como bacalhau, e vinho português.


                                                                                                    (fotos: Jordana Lima Duarte)

COLUNA SOCIAL - 17.06.2011

"Faça ou não faça. A tentativa não existe." (Yoda)


CIRCUITO:

** O programa "Análise & Crítica", da Rádio Virtuall  (http://www.radiovirtuall.com.br/) traz hoje o presidente da OAB e o Coral Raizes da Serra, com participações ao vivo pelo telefone (13) 33722588.

** Tem início, no dfia 23, a festa de inverno "Arraial Pé da Serra", no Kartódromo Municipal, a partir de 19 horas, com entrada gratuita. A programação inclui música, lazer e gastronomia. Além de um galpão com 14 barracas administradas pelo Fundo Social de solidariedade e outras entidades assistenciais da cidade, artistas de renome dividirão o palco com cantores e grupos locais.

** Na terça 5, o CEPEMA realizará o workshop "Ensaiando com o Coral Canto Mágico". A duração é de 3 horas, com opção para manhã ou tarde (das 8:30 às 11:30 e das 13:30 às 16:30 hrs). A entrada é gratuita e as inscrições podem ser feitas pelo email vozesdaarte@yahoo.com.br enviando os seguintes dados: nome, endereço, profissão e área de atuação, telefone fixo ou celular. Maiores informações com a Profª Silene Maia pelo cel 91014758.


A cantora de fado Marly Gonçalves, durante as comemorações do Dia de Portugal. Sexta 10.


                      A música típica portuguesa encantou a todos na Praça Portugal.


A repórter Marisol entrevsita o assessor do Consulado de Portugal em Santos, José Augusto do Rosário.

O presidente da Associação Luso Brasileira de Cubatão, Henrique Marcelo, fala com a repórter do POVO de Cubatão, Marisol de Andrade.


A Prefeita de Cubatão, Márcia Rosa, fala à imprensa em intervalo do MegaPolo, em Cubatão. Sexta 10.


Marilda Canelas no brunch oferecido pela organização do MegaPolo, na Light. Na sexta, 10.


A Prefeita posa com autoridades diante do Bloco Cultural, onde se realizou o MegaPolo, na última sexta.


Aloísio Mercadante durante o MegaPolo com a Prefeita Márcia Rosa e Marcos Clemente Santini.



                             Platéia lotada durante o MegaPolo, na sexta-feira.




Um sucesso o 5º Jantar Dançante promovido pela Associação Luso Brasileira de Cubatão. Parabéns ao presidente Henrique Marcelo e à sua diretoria.

                    Parabéns ao Sr. José Vidal - que completou 60 anos dia 11.
Parabéns ao nosso querido Manuel pelo seu aniversário - no próximo sábado 18. Sua filha Marlayne lhe deseja felicidades.


Parbéns ao casal Mário e Nice, que trocou alianças no dia 28. Os amigos Fábio Moura e João Cesar desejam felicidades.

sexta-feira, 10 de junho de 2011

COLUNA SOCIAL - 10.06.2011

"Aquele que quer a fruta deve subir na árvore." (Thomas Fuller)
                                                                     
                                                                   *****


A moçada dos Projetos Com.com e Arte nas Cotas realizou, no último sábado, mais uma intervenção - o chamado Sarau no Zenon reuniu grafiteiros de Cubatão e do ABC paulista, artistas plásticos, professores, alunos e seus pais em mais um evento cheio de poesia, música, cinema e artesanato. A chuva caiu forte mas a escola da Fabril estava cheia e animada. Ainda no sábado 4 a Banda Sinfônica apresentou o espetáculo "Clássicos Populares", com programa que foi de Bach a Carlos Gomes, passando por Rossini, Mozart, Elgar e Beethoven em noite inspiradíssima.
E termina hoje, em Cubatão, a temporada do espetáculo "Os Maiores Tesouros do Brasil", produzido pela atriz e também autora Gisela Arantes, que escolheu Cubatão para o start de seu mais atual trabalho - um mix de teatro e cine-documentário voltado ao público infantil. Com incentivo da Lei Rouanet e patrocínio da Usiminas, a montagem é criativa, tocante e tem em seu personagem central - o garoto Mitinho - um pouco do que todos temos dentro de nós. Sucesso a ela e ao grupo.

                                                                     *****

CIRCUITO:

** A Prefeitura e a Associação Luso Brasileira de Cubatão convidam para o evento em comemoração ao Dia das Comunidades Portuguesas, Dia de Portugal e Dia de Camões, com apresentação musical especial da fadista Marly Gonçalvez. 
   LOCAL: Praça Portugal, em frente à Igreja Matriz.

** Acontece hoje, das 8 às 20 horas, o 6º MEGAPOLO Cubatão - Fórum para o Desenvolvimento do Polo Industrial de Cubatão, no Bloco Cultural.

** No dia 15 haverá a Mobilização Contra a Violência à Pessoa Idosa - segue programação:
   8:00 - Caminhada da Família pela Paz. Concentração no Centro Esportivo Castelão.
   10:00 - Parada com ato ecumênico, na Esplanada do Paço Municipal.
   11:00 - Chegada no Centro Esportivo Castelão. 
   Partici8pação do Projeto BEC da Banda Sinfônica de Cubatão, com premiações.
   A partir de 14:30 hrs haverá palestras no Bloco Cultural com médicos, advogados e psicólogos - participação especial do vocalista Marcos Paulo e do Coral Raízes da Serra. 
 
FOTOS - Sarau no Zenon
 

                                                        Marco Tuim, grafiteiro de Cubatão.






 
                            Thiago, grafiteiro do ABC, que veio mostrar seu trabalho em Cubatão.


 
FOTOS: Banda Sinfônica e o Concerto "Grandes Clássicos



                          O Maestro Marcos Sadao, conferindo o celular antes da apresentação.
                                 O produtor Leandro Sampaio e o ator Fabiano di Melo.






   A Prefeita Márcia Rosa embalando o netinho durante a apresentação da Sinfônica.
       ZOOM na mãozinha do neto da Prefeita, enquanto é embalado durante o concerto.

                                             O fotógrafo Felipe, clicando o concerto.

 
 
 
FOTOS: "Os Maiores Tesouros do Brasil", no Teatro do Kaos.
 






ENTREVISTA: Gisela Arantes traz "Os Maiores Tesouros do Brasil" a Cubatão



Por Jordana Lima Duarte


Quem tem mais de 30 anos conheceu o programa Glub & Glub, da TV cultura – voltado ao público infantil com desenhos animados e apresentado pelo casal de peixinhos mais famoso do show bizz cultural: Glub e Glub. Gisela Arantes, “a” Glub, está em Cubatão com espetáculo idealizado, escrito, dirigido e produzido por ela – “Os Maiores Tesouros do Brasil”, com apoio do Ministério da Cultura através da Lei de Incentivo à Cultura e patrocínio da Usiminas.
POVO – Em que período você encarnou a peixinha Glub, na TV Cultura?
GISELA – Foi de 1990 a 1997 – fiquei uns sete anos na cultura, gravando.
POVO – E você fez só a Glub?
GISELA – Não, fiz várias outras participações – inclusive na Globo eu fiz o Retrato Falado; também trabalhei na Record, fiz outras coisas. E dois anos atrás eles nos chamaram – a mim e ao Carlos Mariano, “o” Glub, para uma segunda situação do antigo programa. Então gravamos mais uma série que é essa que está no ar agora, na TV Ratimbum e na Cultura. Chama-se também Glub & Glub – a diferença é que, em vez de desenhos animados, nós apresentamos histórias do fundo do mar, com imagens do cinegrafista Laurence Wabba. Mas o formato é o mesmo: a apresentação pelos dois peixinhos, a música de abertura – o que era sucesso eles mantiveram.
POVO – E você chegou a fazer outras coisas paralelamente ao teu trabalho na TV?
GISELA – Sempre teatro – eu tenho formação de atriz. Mas já faz alguns anos que trabalho também em outras frentes – hoje sou autora, sou diretora e tenho a minha própria produtora, que produziu esse trabalho aqui, enfim: sou uma empreendedora (ela ri) multifacetada. O chato é que não está dando muito tempo de atuar, prá dizer a verdade. Mas faço algumas participações ainda.
POVO – Você também é cineasta?
GISELA – Sim, me formei em Cinema e essa minha produtora, a UMIHARU, atua nessas duas vertentes – projetos culturais e cinematográficos, ou seja: teatro e cinema. Nesse espetáculo, inclusive, nós misturamos as duas coisas – os vídeos-documentários e a ficção em forma de teatro.  E a recepção está sendo muito bacana.
POVO – Quando nasceu a idéia desse projeto?
GISELA – Já faz alguns anos que eu sonho em desenvolver a estória desse menino, o Mitinho – que vem do “Mito” Brasil – e trazer várias questões da cultura brasileira, falar desde a fauna e a flora tão ricas que a gente tem, essa grande diversidade natural e também a diversidade humana – essa formação cultural que vem do negro, do índio, do europeu. Então quando Usiminas me chamou prá desenvolver um projeto, pensei “essa minha idéia se encaixa bem nisso” e comecei a desenvolver. Fiz uma pesquisa bastante grande, muitos autores – Darci Ribeiro, Câmara Cascudo, Gilberto Freire, dei uma mergulhada boa no Brasil. E claro – se a gente vai falar do que tem de bom no país, não dá prá não falar também do que tem de negativo na nossa sociedade, então tem que mostrar a ganância econômica, a depredação do meio ambiente. A trajetória desse menino é como acontece nos contos de fada – ele vai vencendo várias etapas, vai encontrando inimigos pelo caminho e aliados também que o vão ajudando a se conduzir nessa viagem pelo Brasil até que ele se apropria mais de si mesmo o que, na verdade, é a nossa busca – a busca da nossa própria identidade cultural. Acho que ficamos muito tempo nessa questão: “afinal, quem somos nós?” – porque a gente é um pouquinho de cada coisa. Darci Ribeiro é que diz isso: “somos uma colcha de retalhos”. E a nossa riqueza está nisso, o mundo se encanta com isso.
POVO – E há quanto tempo você está trazendo esse espetáculo?
GISELA – Nós ensaiamos dois meses, naquela correria toda de montagem de vídeos e estreamos aqui em Cubatão no dia 30.
POVO – E por quê você escolheu Cubatão prá estrear esse teu trabalho?
GISELA – Eu tive o apoio do Ministério da Cultura e da Usiminas e eles queriam beneficiar a região – essa questão da transformação em termos de recuperação ambiental por que passou a cidade, o próprio mangue está fortemente presente no espetáculo. E daqui vamos para o mundo (ela ri, feliz), espero, né?
POVO – E você já tem agenda para os próximos meses com a peça?
GISELA – Eu tenho várias perspectivas de dar continuidade a esse trabalho, eu pretendo seguir por muito tempo e por que não levar prá fora do Brasil? Por que não mostrar lá fora o que nós somos? O que eu queria aqui era isso – respeitar a identidade das pessoas. O Mitinho tem essa busca e quero levar esse espírito para as crianças.
POVO – O Mitinho é você?
GISELA – (rindo) Ele tem de mim essa inquietude, essa busca.
POVO – Você alterou idade, gênero e lugar – tua busca é na arte, na comunicação, é alcançar as pessoas - mas a inquietude e intensidade é a mesma.
GISELA – Gostei da sua leitura e acho que é isso mesmo. Eu uso a arte e meu foco é a educação – gosto muito dessa dobradinha.
POVO – Você já tem outros projetos no forno?
GISELA – Sim, já vou começar um outro.
POVO – Então é verdade? Mas já? (rimos as duas).
GISELA – (rindo) Eu, como pessoa inquieta, estou aqui e já pensando no outro! Num projeto anterior meu – de educação ambiental – eu itinerei por seis anos no Brasil todo, conhecendo e trazendo às pessoas coisas às quais, normalmente, elas jamais teriam acesso.
POVO – Por conta da Lei de Incentivo à Cultura, o artista tem a oportunidade de levar seu trabalho gratuitamente às pessoas – isso redime, de algum modo, o artista que gostaria exatamente disso, levar sua arte democraticamente a todos?
GISELA – Olha, a gente trouxe aqui, todos os dias, na faixa de 120, 150 crianças e eu perguntava sempre no final “Quem nunca foi ao teatro?” Metade da sala levantava a mão!! Nunca foram ao teatro! Que prazer poder beneficiar a eles, de primeira mão, isso. Então talvez, se não houvesse essa oportunidade através da Lei Rouanet, o que proporciona estrutura, ônibus que vai buscar e traz ao teatro possivelmente elas nunca teriam ido. Eu acho muito importante – a Lei tem q continuar e aperfeiçoar e dar continuidade. E os patrocinadores, cada vez mais, devem patrocinar essa formação humana. A arte deve trazer também essa reflexão, essa intelectualidade, o senso crítico, comparativo – ou nossa sociedade não cresce, não sai do lugar.

sexta-feira, 3 de junho de 2011

COLUNA SOCIAL - 3.5.2011

"A medida fundamental de um homem não é como ele se posiciona em momentos de conforto e conveniência, mas como ele se posiciona em tempos de desafio e controvérsia." ( Martin Luther King, Jr.)

                                                                    *****

No último sábado 28 pelo menos 90 casais atravessaram o tapete vermelho do Ginásio do Castelão para trocar alianças e fazer seus votos de amor eterno. Havia presença de autoridades, espumantes, belas recepcionistas, holofotes, daminhas de honra dignas de capas de revista com seus sorrisos inocentes, incansáveis em cerimônia longa, mas caprichada - tudo só para agradar às noivas, de várias idades e tipos, todas lindas em seu brilho de sonho realizado. Toda felicidade aos casais nessa nova fase de suas vidas, parabéns.
Ainda no sábado encontrei o grupo de capoeira Meninos Guerreiros em apresentação na Av. 9 de Abril, atraindo a atenção dos passantes que, apesar da noite gelada, não puderam resistir ao ritmo e à ginga dessa moçada cheia de talento. 
O grupo UMIHARU de produção cultural e cinematográfica, através da Lei de Incentivo à cultura e com patrocínio da Usiminas vem apresentando, no Teatro do Kaos, o espetáculo teatral "Os Maiores Tesouros do Brasil", voltado às escolas da região - iniciativa que vale a pena ser conferida.

                                                                   ****

CIRCUITO:

** Os Projetos Com.com e Arte nas Cotas convidam para o Sarau no Zenon, dia 4 de junho, das 15 às 20 horas - evento regado a música, poesia, dança, rádio "Voz do Morro", cinema ao ar livre, TV "Comunidade em Ação", mural de graffiti, distribuição do jornal "Morro Vivo! Viva o Morro!", capoeira, recreação, mosaico de papel e estêncil.
LOCAL: E. E. Prof. Zenon Cleantes de Moura - Rua do Alojamento, 137, Fabril.

** Ainda no sábado 4 a Banda Sinfônica apresenta o "Concerto Clássicos Populares" - no Bloco Cultural, às 20:30 horas.

** A Prefeitura Municipal convida para o lançamento oficial do Orçamento Participativo, com plenárias informativas e deliberativas. No dia 6 de junho, às 18 horas, no Bloco Cultural.
 
 
    Nossa Beth entre seus rebentos Pedro Henrique e Verônica - aniversariantes de maio.




       Grupo de Capoeira Meninos Guerreiros, em apresentação na Av. 9 de Abril - 28.5.
                   O Vereador Dinho e Patrícia - o beijo após troca de alianças em 28.05.
             As ganhadoras do concurso Miss Cubatão Brasil, realizado no Bloco Cultural em 22.05.